Desastres climáticos são parte da história. Mas, nos últimos anos, estamos vendo estas tragédias ocorrerem com mais intensidade e frequência. A ação do homem transforma e potencializa os desastres. Nos últimos quatro anos, 35% dos municípios brasileiros enfrentaram situações de emergência ou calamidade pública por tempestades, inundações, enxurradas ou alagamentos. Alguns foram atingidos mais de uma vez. Desde janeiro de 2019, foram mais de 3,2 mil portarias de reconhecimento de emergência por esses tipos de desastres, abrangendo cerca de 2 mil municípios. Esses dados estão disponíveis no Monitor de Desastres Climáticos, da Política por Inteiro. A ferramenta traz informações sobre os municípios e regiões afetadas, com séries históricas por períodos, que permitem uma radiografia desse cenário nos últimos quatro anos no Brasil.
O Monitor de Desastres usa como base o acompanhamento dos atos publicados no Diário Oficial da União, no caso, as portarias de reconhecimento de emergência ou calamidade pública por tempestades, inundações, enxurradas ou alagamentos. “O sinal é claro: se não implementarmos políticas públicas que levem em consideração as mudanças climáticas, nos tornaremos cada vez mais vulneráveis a elas”, comenta a presidente do Instituto Talanoa, Natalie Unterstell.
Os dados mostram que o reconhecimento de emergência ou calamidade por essas classe de desastre tem se tornado mais frequentes. Isto é, há mais eventos espalhados ao longo de todo o ano, com mais municípios sendo afetados.
O Monitor de Desastres mostra também a intensificação da seca e da estiagem, em ritmo semelhante aos desastres provocados pelas chuvas, confirmando que os eventos extremos se tornam cada vez mais frequentes. E, portanto, é preciso que municípios, estados e o país estejam preparados para eles – não apenas as infraestruturas físicas e sistemas de prevenção, mas também as pessoas.
A ferramenta é gratuita e está disponível no site da Política Por Inteiro. Para acessar, clique no link: https://politicaporinteiro.org/desastres/
