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Já começou o segundo semestre de 2025 e até agora o principal instrumento de Financiamento Climático do Brasil ainda não destinou nenhum recurso financeiro para a agenda de adaptação e resiliência climática. A concentração de esforços na transição energética, que recebeu mais de 83% do Fundo Clima desde 2023, é positiva – mas o ideal, na perspectiva da Talanoa, é que além de mitigação, haja um olhar atento e cada vez mais urgente para medidas adaptativas.
Em termos de Energia, desde 2023 lideram os financiamentos para usinas fotovoltaicas e de etanol de milho, com 33% e 29%, respectivamente, seguidas pelas eólicas e de produção de biogás, indica o boletim de julho. Em contrapartida, nos últimos dois anos, apenas R$ 82 milhões foram destinados a dois projetos municipais de adaptação à mudança climática. Os gráficos que acompanham a publicação auxiliam na compreensão dessa desproporção nos investimentos.
A Talanoa analisa mensalmente os contratos fechados pelo BNDES. No início de julho foram publicados os contratos firmados até 31 de maio.
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