SB62 – Bonn 2025: Dia 1 – Negociações para adoção de agenda

(Conteúdo em atualização ao longo do dia. Esta versão foi atualizada às 22h00)

Foto: UNFCCC

Oficialmente, a 62ª sessão dos Órgãos Subsidiários (SBs) da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) começaram na manhã desta segunda-feira (16), em Bonn, na Alemanha, mas os trabalhos já aconteciam desde o fim de semana. A Presidência brasileira da COP30 reuniu os chefes de delegação para trocar visões para a conferência em Belém no domingo. Também houve consultas sobre a agenda, mas sem conclusão.

Retomadas na manhã desta segunda, as negociações para a agenda formal levaram ao adiamento da consulta às Partes sobre o Roteiro de Baku a Belém para mobilizar US$ 1,3 trilhão (Baku to Belém Roadmap to 1.3T). 

Outros eventos, como a oficina sobre os indicadores do Objetivo Global de Adaptação (GGA, na sigla em inglês), com sessão pela manhã e à tarde, foram mantidos. Confira como foi neste link.

Primeira plenária já noite

A primeira plenária da SB62 foi sendo adiada ao longo do dia e começou somente após as 21h de Bonn. Depois de 40 minutos de discussão em torno de itens suplementares apresentados para serem adicionados à agenda de negociações, a reunião terminou sem consenso.

Um dos embates girou em torno da inclusão de um item sobre a implementação do Artigo 9.1 do Acordo de Paris (os países desenvolvidos devem prover recursos financeiros para ajudar países em desenvolvimento para mitigação e adaptação). A Bolívia, em nome dos Países em Desenvolvimento com Ideias Semelhantes (Like-Minded Developing Countries, LMDC), havia apresentado a proposta. O G77 e China, por meio do Iraque, e União Europeia sugeriram alternativas. Apesar de algumas adesões à tentativa do G77, não houve consenso.

A plenária será retomada às 10h da manhã de terça-feira (5h no horário de Brasília) e somente em inglês. Na noite de segunda, havia tradução simultânea, o que possibilitou ao negociador da China falar em seu idioma.

Movimentos do Brasil

A delegação da Talanoa apurou que o Brasil busca incluir três questões sobre transição justa na agenda: a principiologia da transição justa; uma menção aberta da necessidade de foco em crianças e afrodescendentes; e meios de implementação.

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