Nesta semana, a Agência Nacional de Águas (ANA) decretou situação de escassez hídrica para o trecho baixo do rio Tapajós. Com isso, chega a quatro o total de rios em regime crítico: antes, o Paraguai, o Madeira e o Purus já haviam sido enquadrados pela agência até, pelo menos, final do ano.
A situação preocupa e, no caso do Baixo Tapajós, os maiores impactos diretos são:
- Logísticos (hidrovia afetada), especialmente no terço Itaituba-Santarém, por onde, aliás, escoa grande parte da produção graneleira nacional;
- Hidrelétricos;
- Produção agropecuária.
As decretações de situação de escassez hídrica funcionam para permitir que os órgãos públicos adotem medidas de contingência de recursos, adotem mecanismos tarifários especiais, regulem a relação entre oferta e demanda hídrica e se preparem antecipadamente para situações que envolvam calamidade ou emergência à ação da Defesa Civil.
A escassez hídrica é uma das consequências da pior seca da história recente do país, como mostram dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), divulgados nesta semana no boletim número 13 sobre o combate aos incêndios na Amazônia, no Pantanal e no Cerrado, do governo federal.