Como está o programa Energias da Amazônia?

Lançado com grandes expectativas em agosto de 2023 como o “maior programa de descarbonização do mundo”, o Energias da Amazônia pouco avançou desde então. A ideia do projeto era substituir a produção de energia a diesel por fontes renováveis e garantir um fornecimento de energia mais limpo e estável na região. Para tal, foi previsto, no lançamento, cerca de R$ 5 bilhões em investimentos para viabilizar a transição dos sistemas isolados da Amazônia.

Quase um ano depois, no entanto, o Energias da Amazônia contabiliza poucos resultados: desligou a usina termelétrica de Parintins (AM) e o seguimento do programa encontra-se em fase de estudos, segundo informou o Ministério de Minas e Energia (MME) por meio da Lei de Acesso à Informação. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prepara uma proposta de metas do programa a ser submetida à consulta pública.

A falta de avanços no programa reflete um desafio central na política de transição energética do atual governo, que ainda não lançou oficialmente o Programa Nacional de Transição Energética. A tramitação no Congresso Nacional de projetos de lei cruciais, como o “Combustível do Futuro” e os que regulamentam a produção de hidrogênio e a geração de energia em usinas eólicas offshore, está pendente.

Cerimônia "Transição Energética: Combustível do Futuro" - (14/09/2023) - Foto: Ricardo Botelho/MME

Enquanto isso, a pressão por manter a geração de energia a carvão e expandir a produção de petróleo no Brasil aumentam, o que contraria compromissos internacionais assumidos pelo país para reduzir gradualmente o uso de combustíveis fósseis.

Equipe Editorial (Liuca Yonaha, Marta Salomon, Melissa Aragão, Ester Athanásio, Marco Vergotti, Renato Tanigawa, Taciana Stec, Wendell Andrade, Daniel Porcel, Caio Victor Vieira, Beatriz Calmon, Rayandra Araújo e Daniela Swiatek).

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