Apolítica climática no atual governo não vem sendo prioridade. Desde que assumiu a presidência da República, Jair Bolsonaro prefere negar os estudos científicos e dados de instituições consolidadas a assumir que o Brasil necessita de uma proposta sólida e urgente para lidar com as mudanças climáticas. A Política por Inteiro em parceria com o LAUT – Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo preparou mais uma linha do tempo, esta relacionada ao clima, mostrando como as ações do atual governo vêm sendo tomadas, quais atos e reflexos que causam.
É possível notar que há um “negacionismo climático” por parte do governo federal: desprezo em relação à agenda refletida nas ações do Ministro do Meio Ambiente, como a exclusão da Secretaria de Clima no Ministério, retomada um ano depois, e a contestação de dados de instituições consolidadas, como o Inpe, com relação ao desmatamento, incêndios e emissões de gases do efeito estufa.
Outro exemplo são as reformas institucionais nas organizações de governança climática, excluindo ou reduzindo a participação da sociedade civil e empobrecendo o diálogo. A paralisação do Fundo Clima, destinado a garantir recursos para apoio a projetos que visam a mitigação das mudanças climáticas, ilustra bem esta questão. Sem falar na redução de orçamento para pasta de clima e para órgãos de fiscalização/comando e controle de desmatamento e infrações e crimes ambientais.
Em contrapartida, o governo federal se dedica a lançar programas vazios e controversos, como o “Floresta+Carbono”, sem descontinuar os subsídios para combustíveis fósseis e, ainda, prever na MP de desestatização da Eletrobras a contratação de Termelétricas. E, falando na COP 26, que aconteceu em novembro, a falta de ambição do atual governo, que não apresentou ações concretas e eficazes para a redução das emissões no país.
Com isso, a pressão se intensifica para cobrar o presidente Bolsonaro e equipe, seja no próprio país, no campo político, jurídico e social, e por pressões internacionais, gerando reações.