Presidência da COP30 publica últimas cartas antes da abertura da conferência em Belém

Presidência da COP30 publica últimas cartas antes da abertura da conferência em Belém

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No fim de semana que antecedeu a abertura da COP30, o Embaixador André Corrêa do Lago divulgou as duas últimas de uma série de dez cartas diplomáticas que discutiram a agenda de negociações de Belém e convocaram o mundo para o chamado “mutirão” pelo clima.

Depois de apresentar a crise climática como um problema de crise humanitária, tratar de temas de negociação, Agenda de Ação como solução, defesa do multilateralismo, centralidade das pessoas, participação do setor privado, promoção da agenda de adaptação e busca por implementação, as cartas anunciadas neste fim de semana são um chamado à coragem diante da emergência climática. “Devemos escolher: permitir que a inércia nos conduza ao colapso, ou unir-nos, com coragem e cooperação, para conduzir o mundo ao avanço”, argumenta na nona carta.

Em defesa do multilateralismo, o texto da nona carta destaca avanços em 10 anos de Acordo de Paris, ainda que as lacunas de implementação precisem ser fechadas. “Convido os países a chegarem à COP30 de cabeça erguida: o progresso e o legado institucional alcançados desde a adoção do Acordo de Paris na COP21 (Paris, 2015) são uma realização monumental”, afirmou o texto que também trouxe cobranças mais práticas aos países que ainda não atualizaram suas metas. “Registro meu apreço aos países que apresentaram novas NDCs em resposta ao primeiro Balanço Global (GST) e conclamo os demais a fazê-lo até a COP30.”

A última carta da presidência, publicada neste domingo, celebra a realização da COP em Belém, como símbolo de floresta tropical e lugar no mundo indispensável para regulação do clima. Mais uma vez, o presidente dá o tom de convite geral para uma grande missão em prol da renovação de compromissos do Acordo de Paris e perseguição da ambição por mitigação e adaptação. “Na COP30, manter vivo o objetivo de 1,5 °C deve, portanto, continuar sendo nossa Estrela Polar. Para alcançá-la, devemos mobilizar as cinco dimensões da ação climática – mitigação, adaptação, financiamento, tecnologia e capacitação – orientados pelo Cruzeiro do Sul, nossa bússola de cooperação e equidade. Que as estrelas se alinhem em Belém. Que os hemisférios se encontrem rumo à transformação. Norte e Sul, Leste e Oeste – uma só humanidade, um só planeta”, diz o texto.

Com uma mensagem de convocação e tom de esperança, o embaixador brasileiro conclui o chamado. “A COP30 pode marcar o momento em que a humanidade recomeça – restaurando nossa aliança com o planeta e entre gerações. Somos privilegiados por ter sido destinado a nós o dever de fazer história como aqueles que escolheram a coragem em vez da omissão, para virar o jogo na luta climática. Devemos abraçar esse privilégio como responsabilidade – pelas pessoas que amamos, pelas gerações que vieram antes e pelas que ainda virão”. Que seja assim.

Equipe Editorial (Liuca Yonaha, Marta Salomon, Melissa Aragão, Ester Athanásio, Marco Vergotti, Renato Tanigawa, Taciana Stec, Wendell Andrade, Daniel Porcel, Caio Victor Vieira, Beatriz Calmon, Rayandra Araújo e Daniela Swiatek).

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