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Presidente da COP30 recebe carta com sugestões para avançar a agenda de adaptação

Foto: Divulgação/Instituto Talanoa

Brasília, 10 de março de 2025

Assunto: Avançar a agenda de adaptação na COP30

A Sua Excelência o Senhor Presidente da COP30, Embaixador André Corrêa do Lago;

A Sua Excelência a Senhora Diretora Executiva da COP30 e Secretária Nacional de Mudança do Clima, Ana Toni;

O Brasil tem uma grande oportunidade na COP30: priorizar a agenda de adaptação climática, impulsionando um forte pacote ou conjunto de decisões e ações com impacto na vida real das pessoas – do presente e do futuro.

Nesse contexto, as 28 organizações abaixo listadas propõem os seguintes esforços à presidência da COP30:

Objetivo principal: implementar a Meta Global de Adaptação (GGA), incluindo financiamento a sua altura.

1. Financiamento

a. O financiamento deve ser baseado nas necessidades e incluído de modo visível e monitorável no Baku to Belém Roadmap to 1.3T.

b. O Roadmap deve prover uma nova meta quantitativa de financiamento para a adaptação que substitua o Pacto de Glasgow (que estipulou o compromisso de se duplicar o financiamento existente até 2025) guiando os esforços conforme a lacuna de USD 187 a 359 bilhões por ano (UNEP, 2024).

c. O foco deve ser no direcionamento dos 300 bilhões de dólares do NCQG, de fontes públicas, para adaptação.

d. Além disso, dado o despertar e crescente interesse do setor privado em adaptação, especialmente em função do seu dever fiduciário em tratar riscos climáticos, entendemos ser necessário que o ângulo não-público seja considerado para adaptação no Roadmap.

e. Medidas qualitativas também devem ser consideradas, incluindo soluções implementáveis a curto e longo prazo para melhorar a qualidade e o acesso ao financiamento.

f. Transparência e inclusão devem ser prioridades, abordando as necessidades de comunidades marginalizadas e vulnerabilizadas, com perspectiva de gênero, pessoas afrodescendentes, povos indígenas, comunidades quilombolas e conhecimentos tradicionais, infância e juventude.

g. O Brasil deve construir pontes e buscar entendimento entre as Partes. Em particular, promover a coesão entre os países em desenvolvimento, unidos em solidariedade na negociação de financiamento, evitando divisões baseadas na distribuição dos fundos.

h. Recomendamos que a decisão do GGA e o relatório e a decisão do Roadmap vinculem a relação entre o quantum de financiamento para adaptação e o cumprimento dos 11 objetivos do UAE Framework for Global Climate Resilience.

i. Todos os países em desenvolvimento devem ser contemplados, evitando comparações de vulnerabilidade na adaptação. A diferenciação em termos de vulnerabilidades e capacidades poderá ser feita em perdas e danos, se e quando apropriada.



2. Meta Global de Adaptação – GGA

a. A finalização do programa de trabalho de indicadores da Meta Global de Adaptação é um resultado-chave para a COP30. Dez anos depois da adoção do Acordo de Paris, uma decisão firme em Belém fará com que o GGA ganhe concretude, visibilidade e gerar impacto, a serem medidos no segundo Balanço Global (GST).

b. É fundamental que o resultado envolva um número manejável de indicadores aplicáveis, que considerem adequadamente

aspectos transversais, como gênero, perspectiva étnico-racial, pessoas afrodescendentes, pessoas com deficiência, povos indígenas, comunidades tradicionais e locais, direitos humanos, crianças e jovens e migrantes.

c. Nesse sentido, recomendamos que seja destacado um grupo de indicadores comuns a todas as Partes para facilitar a compreensão global das desigualdades.

d. É crucial iniciar um diálogo sobre os sistemas e mecanismos de monitoramento, avaliação e aprendizagem (MEL) desses indicadores, garantindo que as Partes disponham dos meios de implementação necessários para acompanhar seu progresso, utilizando critérios consistentes e uma linguagem comum.

e. O resultado do programa de trabalho deverá incluir indicadores dos meios de implementação que reflitam o progresso e o fluxo de financiamento, a construção de capacidades estatais e a tecnologia dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, de acordo com as necessidades destes últimos refletidas em suas NDC e em outros documentos, como as Comunicações de Adaptação.

f. Esses indicadores devem ser vinculados explicitamente com a nova meta de financiamento e com o Roadmap para 1,3T, além de apoiarem o monitoramento contínuo do avanço na Meta Global de Adaptação.

g. É importante iniciar um diálogo sobre sistemas e mecanismos de monitoramento desses indicadores, de forma que países façam um acompanhamento usando critérios e linguagem comum.



3. Fundo de Adaptação

a. Recomendamos que a Presidência do Brasil mobilize esforços e apoie explicitamente a campanha de replenishment (300 milhões de dólares), de modo que o Fundo alcance sua meta de mobilização de recursos na COP30.

b. Importante ainda que desdobramentos sobre a contribuição de projetos e transações no contexto do Artigo 6 do Acordo de Paris ao Fundo de Adaptação sejam esclarecidos.

c. Nestes 17 anos de existência, o Fundo tem sido fundamental para os países em desenvolvimento, demonstrando grande impacto positivo e alta eficiência na provisão de recursos às comunidades mais vulneráveis. Um quarto desses fundos foi destinado à região da América Latina e Caribe. Além disso, trata-se do único Fundo no qual os países em desenvolvimento possuem maior representatividade no Conselho.

d. Sugerimos que o Fundo de Adaptação leve em consideração o diálogo sobre adaptação transformacional, visando direcionar recursos para ações estruturantes, de acordo com as prioridades de países em desenvolvimento.



4. Relatório de Síntese das NDCs

a. A Presidência Brasileira pode ter um papel fundamental ao sinalizar à Secretaria da UNFCCC a importância de que o relatório de síntese das NDCs apresente, de forma equilibrada em termos metodológicos e de relevância política, os três pilares da ação climática – mitigação, adaptação e perdas e danos – bem como meios de implementação.



5. Integrar os esforços dos Atores Não-Estatais em uma Agenda de Ação fundamentada em colaboração radical

a. Encorajamos o lançamento de uma Agenda de Ação inclusiva, que reforce a importância da adaptação liderada a nível local – especialmente por mulheres, povos indígenas, comunidades locais e tradicionais, possuidores de amplos saberes e tecnologias de adaptação climática. Essa iniciativa pode se apoiar em esforços complementares existentes, como o Food Declaration, o Food Call to Action, a Sharm el Sheikh Adaptation Agenda, o Roadmap to Resilience e o Nature Positive for Climate Action – N+4CA.

ORGANIZAÇÕES SIGNATÁRIAS

1. Argentina 1.5
2. Clima de Política
3. Conectas
4. Fundación Avina
5. Geledés – Instituto da Mulher Negra
6. Greenpeace Brasil
7. INESC
8. Instituto Água e Saneamento
9. Instituto Alana
10. Instituto Decodifica
11. Instituto Perifalab
12. Instituto Talanoa
13. IPÊ
14. LACLIMA
15. Mission 2025
16. Observatório das Baixadas
17. Observatório do Clima
18. PerifaConnection
19. Plataforma Cipó
20. Projeto Saúde e Alegria
21. Red Pazinde
22. Rede por Adaptação Antirracista
23. Rede Sul-americana para Migrações Ambientais – RESAMA
24. Rede Vozes Negras pelo Clima
25. Redes Chaco
26. Sustenta Honduras
27. WRI Brasil
28. WWF Brasil

Objetivo principal: Implementar o Global Goal on Adaptation, incluindo um acordo ambicioso de financiamento.

1. Financiamento para implementar o GGA e os NAPs, assegurando um componente para a adaptação no Baku to Belém Roadmap to 1.3T

  • O Roadmap deve prover uma nova meta quantitativa de financiamento para a adaptação que substitua o Pacto de Glasgow e guie os esforços com base nas necessidades dos países em desenvolvimento. Essa meta quantitativa deve conter um compromisso dos países desenvolvidos de fornecer financiamento público com base na lacuna de USD 187 a 359 bilhões por ano (UNEP, 2024).
  • Devem ser considerados aspectos qualitativos, incluindo um plano de ação que forneça soluções implementáveis a curto e longo prazo para melhorar a qualidade e o acesso ao financiamento para adaptação.
  • São necessárias medidas para a transparência e inclusão, abordando as necessidades das comunidades marginalizadas e vulnerabilizadas, com perspectiva de gênero, étnico-racial, infância e juventude.
  • O Brasil deve usar sua posição na presidência para construir pontes e buscar entendimento entre as Partes. Em particular, o Brasil deve promover a coesão entre os países em desenvolvimento, unidos em solidariedade na negociação de financiamento, evitando divisões baseadas na distribuição dos fundos.
    e. A decisão do GGA e a decisão do Roadmap devem abordar a relação entre o quantum de financiamento para adaptação e o cumprimento dos 11 objetivos do UAE Framework for Global Climate Resilience.

2. Meta Global de Adaptação – GGA

  • A finalização do programa de trabalho de indicadores da Meta Global de Adaptação é um resultado-chave da Presidência Brasileira que, após 10 anos do Acordo de Paris, poderá afirmar que o GGA pode ser implementado através de seus 11 objetivos e medir seu progresso no segundo Balanço Mundial.
  • É fundamental que o resultado envolva um número manejável de indicadores aplicáveis aos 11 objetivos, que considerem adequadamente aspectos transversais, como gênero, perspectiva étnico-racial, pessoas afrodescendentes, pessoas com deficiência, povos indígenas, comunidades tradicionais e locais, direitos humanos, crianças e jovens e migrantes.
  • Nesse sentido, é essencial que haja um grupo mínimo de indicadores comuns a todas as Partes e relacionados a tais transversalidades, contribuindo com a compreensão global das desigualdades a serem enfrentadas pelos países em suas políticas nacionais de adaptação.
  • É crucial iniciar um diálogo sobre os sistemas e mecanismos de monitoramento, avaliação e aprendizagem (MEL) desses indicadores, garantindo que as Partes disponham dos meios de implementação necessários para acompanhar seu progresso, utilizando critérios consistentes e uma linguagem comum.
  • O resultado do programa de trabalho deverá incluir indicadores dos meios de implementação que reflitam o progresso e o fluxo de financiamento, a construção de capacidades estatais e a tecnologia dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, de acordo com as necessidades destes últimos refletidas em suas NDC e em outros documentos, como as Comunicações de Adaptação. Esses indicadores devem ser vinculados explicitamente com a nova meta de financiamento e com o 1.3 T RoadMap, além de apoiarem o monitoramento contínuo do avanço na Meta Global de Adaptação.

3. Fundo de Adaptação

  • A Presidência do Brasil poderia apoiar explicitamente a campanha de replenishment e fundraising do Adaptation Fund e buscar que o G77 e a China se unam, de modo que o Fundo alcance sua meta este ano.
  • É importante mostrar que, nestes 17 anos, o Fundo tem sido fundamental para os países em desenvolvimento, demonstrando alta eficiência na provisão de recursos destinados às comunidades mais vulneráveis. Um quarto desses fundos foi destinado à região da América Latina e Caribe. Além disso, trata-se do único Fundo no qual os países em desenvolvimento possuem maior representatividade no Conselho.
  • É fundamental que o Fundo de Adaptação leve em consideração o diálogo necessário sobre adaptação transformacional, visando direcionar recursos para ações estruturantes em consonância às ações incrementais, de acordo com as prioridades de países em desenvolvimento.

4. Relatório de Síntese das NDCs

  • A Presidência Brasileira pode ter um papel fundamental ao sinalizar à Secretaria da CMNUCC a importância de que o relatório de síntese das NDC apresente, de forma equilibrada em termos metodológicos e de relevância política, os três pilares da ação climática – mitigação, adaptação e perdas e danos – bem como as necessidades de apoio por meio dos meios de implementação.

5. Integrar Atores Não-Estatais aos esforços da Presidência brasileira

  • Encorajamos o lançamento de uma Agenda de Ação inclusiva, que reforce a importância da adaptação liderada a nível local – especialmente aquelas lideradas por mulheres, povos indígenas, comunidades locais e tradicionais, possuidores de amplos saberes e tecnologias de adaptação climática. Essa iniciativa pode se apoiar em esforços complementares existentes, como o Food Declaration, o Food Call to Action, a Sharm Adaptation Agenda, o Roadmap to Resilience e o Nature Positive for Climate Action – N+4CA.

ORGANIZAÇÕES SIGNATÁRIAS

  1. Argentina 1.5
  2. Clima de Política
  3. Conectas
  4. Fundación Avina
  5. Geledés – Instituto da Mulher Negra
  6. Greenpeace
  7. INESC
  8. Instituto Água e Saneamento
  9. Instituto Alana
  10. Instituto Decodifica
  11. instituto Perifalab
  12. Instituto Talanoa
  13. IPÊ
  14. LACLIMA
  15. Mission 2025
  16. Observatório das Baixadas
  17. Observatório do Clima
  18. PerifaConnection
  19. Plataforma Cipó
  20. Projeto Saúde e Alegria
  21. Red Pazinde
  22. Redes
  23. Rede por Adaptação Antirracista
  24. Rede Sul-americana para Migrações Ambientais – RESAMA
  25. Rede Vozes Negras pelo Clima
  26. Sustenta Honduras
  27. WRI Brasil
  28. WWF

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