Representantes de organizações da sociedade civil fazem um apelo às autoridades para que haja financiamento climático adequado e acessível aos países em desenvolvimento, com foco nas necessidades das populações mais vulneráveis, como crianças, povos indígenas, afrodescendentes e comunidades locais. Nesta semana, logo no início da COP29, em Baku, no Azerbaijão, um documento que concentra os anseios deste grupo foi entregue para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, para a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara e também para a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana. 

A “Carta do Rio” (em português, espanhol, inglês) é o resultado do evento “Diplomacia da Adaptação Climática como prioridade para a América Latina e o Caribe”, que ocorreu no final de outubro, no Rio de Janeiro, organizado pelo Instituto Talanoa e que reuniu representantes de 36 organizações diferentes. O documento ressalta a necessidade de se garantir a segurança das comunidades e dos ecossistemas, ao mesmo tempo que se combate as desigualdades sociais, raciais e de gênero.

Segundo os signatários, os compromissos políticos que estão sendo assumidos em Baku precisam se traduzir em ações e passos concretos rumo à COP 30, que vai acontecer em Belém (PA) em 2025.  

Estiveram presentes na entrega da Carta representantes do Vozes Negras pelo Clima, Clima de Eleição, Palmares Lab, Plataforma Cipó e LACLIMA.