Sem clima? Sem chance

(O conteúdo que você vai ler a seguir é feito totalmente por humanos, e para humanos)

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

É… Nessa semana azedou de vez: o relacionamento entre Executivo e Legislativo, que já vinha desgastado e cheio de remendos e curativos insuficientes para cortes profundos, inflamou. No jogo da República, senão harmônicos – como manda a Constituição – eles precisam se tolerar em grau que minimamente proporcione ordem, redução das desigualdades, justiça social e, claro: não trave o país. O Judiciário foi chamado para resolver, mas ele próprio já tem suas querelas com o governo e, principalmente, com o Parlamento, justamente as “partes” no embate que agora chega ao STF. E agora?

O estopim foi um embate no campo fiscal, mas você sabe que a gente está aqui para falar de clima. Sim, porque esse azedume respinga na pauta climática. E já vamos dizer o porquê. 

Não é de hoje que a gente vem falando do quanto o país precisa rever suas prioridades de investimento para que tenhamos um presente e um futuro viáveis orçamentária e economicamente; também, do quanto o orçamento público está cada vez mais pressionado por gastos em remediação de situações causadas pela “desadaptação” do país à desordem do clima, e do quanto ficará cada vez mais difícil equilibrar contas públicas que garantam viabilidade a campanhas e a mandatos. Acontece que, ignorando solenemente emergências como essas, mesmo com o tempo se mostrando escasso para uma adaptação profunda à nova realidade climática, dois dos Três Poderes resolveram contratar mais dias e dias de inflamação aos tecidos da República. Serão dias a menos na corrida contra o tempo para mitigar, adaptar e encontrar meios de conjugar esses verbos com seriedade e contundência. 

A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) é de 2009, e traçou objetivos e metas tendo como horizonte o ano de 2020. Sabendo que entre 2019 e 2022, época de recalibrá-la, foi um apagão danado na pauta climática – a não ser para desregulamentá-la – o atual governo tem, entre seus compromissos, a atualização da PNMC como passo importante para recuperação da institucionalidade do clima. No entanto, com a evidente animosidade entre Executivo e Legislativo, qualquer proposição de lei que adentre o Congresso, a esta altura do campeonato, periga virar um Frankenstein, comparada ao seu intento inicial. 

O governo pode ter muitas limitações para emplacar política climática, a começar de sua dificuldade na coordenação de ações necessárias para implementar a NDC brasileira dentro de sua própria alçada. Se você acompanha as análises da Política por Inteiro, certamente já percebeu que passos do Executivo para frente e para trás – por vezes na mesma semana – são uma constante nos últimos três anos. No entanto, diante da escalada do conflito entre Governo e Congresso, uma coisa não se pode negar: enquanto a posição do primeiro é de ampliar a capacidade de investimento em justiça social e tributária, que leve à redução de desigualdades, noutra ponta o segundo joga na contramão do que a sociedade precisa para ser menos injusta: pesos proporcionais e proteção aos mais vulneráveis. 

O tema climático tem tudo a ver com isso, já que é impossível eliminar injustiça social sem que justiça climática emplaque. Afinal, o Executivo até pode conseguir aumentar a arrecadação de tributos nos próximos anos, ou o Legislativo pode emplacar seus contra-argumentos no STF, porém, a mudança do clima é capaz tanto de minar as receitas, quanto de explodir as despesas do país. Economia pulsante, inclusão social, infraestrutura funcionando, cidades melhores, qualidade de vida? Sem clima, sem chance.

A fratura que se evidenciou de vez nessa semana significa um desafio não apenas para o jogo democrático como ele deve ser jogado – com saídas políticas e legítimas – mas representa um muro que represa soluções urgentes diante da emergência climática em andamento. É contratar uma poupança de caos. 

A incapacidade dos Poderes da República em encontrar cura para essa fratura é matéria-prima de um muro de insensatez que nossos eleitos vão construindo para apresentar ao mundo e aos próprios brasileiros durante a COP30, que agora já está a menos de 130 dias de distância. Definitivamente, não era uma das obras planejadas para a Conferência. Muito menos parte de seu legado.

O Pacto pela Transformação Ecológica entre os Três Poderes, com menos de um ano de vida, coitado… Já virou lenda urbana, um precoce acervo de museu. Mais uma daquelas que nossa geração terá dificuldade de explicar para as próximas, dentro de alguns anos. O Pacto do zero impacto.

Enquanto isso, o muro, com metros de inoperância pelo clima, já é muito mais alto do que o pessoal na Praça dos Três Poderes tem conseguido enxergar.

Boa leitura!

TÁ LÁ NO GRÁFICO

No início da semana, o governo federal lançou o Plano Safra 2025/26, tanto para Agricultura Empresarial quanto Familiar. Dos R$ 600 bilhões injetados no setor intimamente ligado à maior fonte de emissões de GEE do Brasil, apenas uma pequena parcela, de R$ 8,1 bilhões, foi destinada ao cultivo de baixo carbono. No Tá Lá no Gráfico desta semana, mergulhamos nesses números e mostramos a relação entre as cifras e os esforços em baixas as emissões brasileiras.

FRASE DA SEMANA

O que são 150 milhões hoje em dia?! É surreal. Hoje virou só um número entre clubes. Quem consegue imaginar o que 150 milhões significam? Daria para plantar muitas árvores com isso.”

Thomas Müller, jogador de futebol alemão, repercutindo a compra do passe de seu compatriota, o jovem Florian Wirtz, 22 anos, pelo clube inglês Liverpool, por uma bagatela de 150 milhões de euros (o equivalente a quase 1 bilhão de reais, na cotação atual). A reflexão levantada por Muller vem ao encontro das partidas na Copa do Mundo de Clubes, em andamento nos EUA, frequentemente paralisadas pelo excesso de calor. Foto: Reprodução/esmuellert.de

ABC DO CLIMA

CIM: Sigla para Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima, principal instância de coordenação da Política Nacional sobre Mudança do Clima. O CIM foi originalmente criado em 2007, como um arranjo para atender à formulação do primeiro Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que nasceria em 2008. O Comitê teve papel essencial, ainda, no advento da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), em Lei, ao final de 2009. No período 2019-2022, sofreu com a indiferença do governo à época, assim como outras instâncias colegiadas relativas à agenda climática. Já em 2023, sob o lema da reconstrução da institucionalidade nacional, passou por reativação e ganhou nova estrutura. As mais importantes decisões sobre os rumos que o Brasil tomará nos mais diferentes assuntos ligados ao tema clima devem passar pelo Comitê, que, para além dos membros, conta com um Subcomitê-Executivo (o chamado “Subex”) e também com grupos técnicos (os “GTTs”) que fornecem subsídios à melhor tomada de decisão do Estado brasileiro. Em 2024, sua estrutura foi aprimorada, com a criação de Câmaras que ampliem (1) a participação social, (2) a articulação interfederativa e (3) o assessoramento científico. Cada uma dessas estruturas com voz e capacidade de influência, todavia sem voto. As decisões tomadas pelo CIM, em outubro de 2023, forneceram a “linha de atuação” dos GTTs nos anos seguintes, dentre as quais a formulação dos Planos Clima Mitigação e Adaptação, além da atualização da Política Nacional, que é matéria de Lei.

MONITOR DE ATOS PÚBLICOS

Nosso Monitor de Atos Públicos captou 21 atos relevantes para a política climática nesta semana. O tema mais frequente foi Terras e Territórios, com 9 atos, impulsionado por portarias de criação de projetos de assentamentos e destinação de terras públicas federais. Já a classe mais registrada foi Regulação, com 10 normas, incluindo as resoluções publicadas pelo CIM e a regulamentação da Política de Garantia de Preços Mínimos para os produtos extrativos, juntamente com o Programa de Valorização da Sociobiodiversidade e do Extrativismo.

CNPE estimula etanol e biodiesel: pontos pro clima

Nesta semana vieram a público duas resoluções do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com rebatimentos diretos na agenda climática nacional. Com o pano de fundo das tensões no Oriente Médio – e do risco de redução da oferta global de combustíveis – a Resolução CNPE nº. 8/2025 determina que o percentual de biodiesel no diesel utilizado em larga escala no Brasil, especialmente em veículos grandes, de transporte de carga, salte de 14% para 15%. É o segundo aumento consecutivo em menos de três anos, já que em março/2024 havia saltado de 12% para 14%.

Já a Resolução CNPE nº. 9/2025 estabelece que a composição das gasolinas aditivada e comum ampliem o teor de etanol em 25% e em 30%, respectivamente.

A princípio, para além de reduzirem a dependência nacional de importação de combustíveis – já que o Brasil tem lugar de destaque na produção de biocombustíveis – as medidas ressoam positivamente para política climática, já que biocombustíveis emitem menos GEE que combustíveis tradicionais. As medidas também aproximam o Brasil do estipulado na Política Nacional de Biocombustíveis, a  Renovabio, lançada em 2017, cuja meta para a mistura de biodiesel é de 15%, percentual agora alcançado.

Atos do CIM 

Nesta semana, o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima publicou duas novas resoluções: uma aprovando a NDC brasileira para o período 2025-2035, apresentada em novembro/2024; e outra aprovando o chamado BTR (Relatório Bienal de Transparência), submetido, pelo Brasil, à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) em dezembro de 2024. O CIM é a instância máxima do desenho de governança da política climática brasileira.O último ato do CIM havia sido em outubro/24, referente a uma decisão de jun/24, quando foi aprovado o regimento interno do Comitê.

MMA apresenta novas metas institucionais

Em portaria publicada no primeiro dia do mês, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou 28 metas de implementação de políticas ligadas à gestão ambiental e ao enfrentamento da mudança do clima, a serem alcançadas dentro do período de 1º de junho de 2025 a 31 de maio de 2026.

Dentre elas, se encontram:

  • 225 servidores (federais, estaduais ou municipais) qualificados à formulação e implementação de políticas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas; 
  • Três instrumentos elaborados para políticas públicas para enfrentamento da Mudança do Clima nas Zonas Costeira e Marinha;
  • A implementação e o acompanhamento do Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca-PAB.


O MMA renovou também o compromisso de concluir o Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio), cujos prazos já estouraram, conforme prometido oficialmente por Decreto e Portaria, em junho e em novembro de 2024, respectivamente. Fontes procuradas afirmam que o PNDBio sai até outubro, às vésperas da COP30.

Programa Sociobio Mais

Nesta semana, um decreto criou o Programa de Valorização da Sociobiodiversidade e do Extrativismo, ou simplesmente Programa Sociobio Mais. A iniciativa oferece subvenção econômica a produtores da Sociobioeconomia nacional, com destaque a agricultoras(es) familiares, e suas associações e cooperativas. Além disso, busca inserir produtores extrativistas na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

BRASIL

Plano de vacas magras para o clima

A agenda climática está longe da época de vacas gordas. No lançamento do Plano Safra 2025/26, que ocorreu nesta semana, faltou investimentos para a redução das emissões de gases do efeito estufa. Do conjunto total dos recursos – na casa dos R$ 600 bilhões -, apenas 1,6% são para a produção mais alinhada aos compromissos assumidos pelo Brasil na agenda climática, enquanto a maior parte ainda está voltada para a agropecuária tradicional. No blog da Política por Inteiro, fizemos uma análise detalhada dos investimentos no RenovAgro. Leia aqui.

Ruralistas sabatinam Marina Silva

Na última quarta-feira (02), a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi submetida novamente a uma sabatina, desta vez na Câmara dos Deputados, a pedido da bancada ruralista. O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) atacou dizendo que Marina “persegue o produtor rural”, faz “discursos bonitos para plateia internacional” e “falhou com o Brasil”. Apesar da escalada dos discursos agressivos, a líder do Balanço Ético Global manteve uma postura tranquila e respondeu aos questionamentos, defendendo que os problemas enfrentados no país são reflexo da emergência climática e que estas questões não são exclusivas do Brasil.

Extra, extra! Confira o boletim do Fundo Clima 

Entre janeiro e abril de 2025, embora a restauração florestal na Amazônia tenha concentrado o maior número de contratos do Fundo Clima, os maiores valores foram destinados a projetos de geração de energia renovável. Um único empreendimento de energia eólica no Rio Grande do Norte recebeu um montante cinco vezes superior ao total investido em sete iniciativas de plantio de espécies nativas. Além disso, foram financiadas 14 novas usinas fotovoltaicas. 

Quer saber mais desse assunto? Acesse o Boletim Fundo Clima, que a Talanoa lançou nesta semana:

MUNDO

Conferência de Financiamento em Sevilha 

Uma semana depois de Bonn e da Semana de Clima de Londres, ocorreu ao sul da Espanha a 4ª edição da Conferência Internacional de Financiamento para o Desenvolvimento (International Conference on Financing for Development – FFD4). Sediado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, o foco é promover diálogos e acordos entre países e sociedade civil sobre financiamento para o desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas. O evento angariou atenção extra frente à expectativa de lançamento do relatório sobre o Baku to Belém Roadmap to 1.3T, produzido pelo Círculo de Ministros das Finanças da COP 30. Embora reuniões do Círculo ocorreram, a expectativa é que o relatório seja lançado no dia 11 de julho. 

O chamado “Compromisso de Sevilla”, acordado logo no início da Conferência, expressa compromissos claros para cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS até 2030, enfatiza o papel do financiamento público e privado, mas carece de ambição ao não mencionar a transição para longe dos combustíveis fósseis.

Avisem a Taylor Swift: a aviação de luxo vai ter que se mexer!

Ainda em Sevilha e sobre o papel do financiamento privado para o clima, uma iniciativa chamou a atenção do mundo. Foi lançada na Conferência de Financiamento uma nova “aliança de dispostos” a tributar passagens aéreas de luxo e jatos particulares para ajudar a financiar ações contra as mudanças climáticas.

Oito países, incluindo França e Espanha, já acederam à iniciativa, a qual deve apresentar os detalhes operacionais na COP30, em novembro. A meta é arrecadar bilhões por ano e usá-los em projetos que respondam à crise climática, reduzindo emissões e alavancando ações de adaptação. A ideia emergiu do Grupo de Trabalho sobre Contribuições de Solidariedade Global (Global Solidarity Levies Task Force, em inglês), criado em 2023, cujo objetivo é buscar formas criativas de financiamento para o clima e para o desenvolvimento, focando em setores intensivos em energia poluente e que pagam poucos impostos. Destacam-se, portanto, a aviação, a navegação, a indústria petrolífera e o mercado financeiro. 

Começar pela aviação de luxo é uma escolha pragmática pela velocidade da implementação, pois os países interessados podem tributá-la por conta própria, sem necessidade de um acordo internacional formal sobre o tema. Na verdade, esse tipo de tributação já existe em alguns lugares, como na França, que desde 2011 arrecadou bilhões dos super-ricos e os dedicou a auxílios de desenvolvimento sanitário para países em crise orçamentária. 

Ao passo que criativa e alinhada com as principiologias mais avançadas do direito ambiental, seja no princípio do poluidor-pagador seja pela ótica da justiça tributária, a proposta enfrenta críticas relacionadas à sua abordagem limitada. Embora a taxação de carbono seja amplamente reconhecida como uma medida eficaz, aplicar tributos sobre voos privados de luxo movidos a combustíveis fósseis, sem estabelecer um plano progressivo para a substituição desses combustíveis, pode resultar em baixa efetividade. 

Em uma perspectiva mais ampla, de ecologia política, a ausência de estratégias abrangentes para a superação da dependência de combustíveis fósseis continuará a suscitar questionamentos até que o sistema interestatal ofereça respostas concretas sobre. Enquanto tais medidas estruturais não se chegam, a tributação sobre os segmentos de alta renda para financiar ações climáticas representa um passo necessário, urgente, justo e justificado.

A “Lei grande e bonita” do homem laranja

E foi aprovada no Congresso dos Estados Unidos o chamado Big Beautiful Bill Act pelo governo Trump. Numa votação apertada, que não contou com apoio unânime por parte dos republicanos, a nova Lei aprofunda ainda mais as preocupações sobre o negacionismo climático em voga no país da América do Norte. 

Em suma, a Lei empodera indústrias fósseis (gás, petróleo e carvão) ao facilitar o acesso à exploração em terras federais, ao passo que acaba com incentivos e créditos para energias renováveis, como a eólica e solar, que constavam entre as prioridades de estímulo do governo Biden. Atualmente, vêm sendo desmanteladas, ato por ato.

Corte Interamericana se pronuncia sobre Emergência Climática e Direitos Humanos

Em pronunciamento histórico, a Opinião Consultiva OC-32/25 emitida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos respondeu a uma demanda proposta por Chile e Colômbia sobre a relação entre Emergência Climática e Direitos Humanos e as obrigações dos Estados.

Entre os principais pontos da decisão, ressaltam-se o reconhecimento de um clima estável como direito a todas as populações, da Natureza como sujeito de direitos; há o dever dos Estados nacionais em não causar danos irreversíveis ao clima, garantir proteção especial a grupos vulnerabilizados e a inserção de saberes tradicionais como orientadores de políticas climáticas.

Por fim, a Corte afirmou também que os Estados nacionais têm a obrigação de promover estratégias de adaptação, agindo em casos de riscos graves e reparar as perdas e danos causados pelos efeitos das mudanças climáticas.

Semana do Clima da África confirmada 

A UNFCCC confirmou as datas da próxima semana climática na capital da Etiópia, Addis Abeba, de 1 a 6 de setembro. Dois dias depois, e na mesma cidade, ocorrerá a Africa Climate Summit – ACS2, de 8 a 10 de setembro. O evento reunirá chefes de Estado, setor privado e ativistas para discutir o tema de financiamento para o desenvolvimento resiliente e verde do continente.

MONITOR DE DESASTRES

O Monitor de Desastres captou 09 atos de reconhecimento de emergência decorrentes de eventos climáticos extremos, que impactaram 32 municípios. A tipologia Estiagem predominou, com 12 ocorrências, ao mesmo tempo em que Chuvas Intensas e Inundações apareceram com 6 atos, cada. 

Embora não sejam monitorados e classificados pela Política por Inteiro, a destinação de recursos aos municípios voltada para remediação de desastres foi bastante numerosa nessa semana, com quase 60 atos. Esse volume indica que o Estado brasileiro tem despendido vultosa soma de recursos para remediações que um processo sério e continuado de adaptação climática poderia vir a reduzir, num futuro breve.

Para consultas detalhadas, visite nosso Monitor de Desastres.

Nota explicativa: os dados registrados no Monitor de Desastres referem-se única e exclusivamente às situações de emergência ou calamidade pública reconhecidos oficialmente pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil/MDIC nesta semana. Eventualmente, é possível que desastres ocorridos na mesma semana não sejam contabilizados, dado que o reconhecimento do governo federal leva alguns dias para ser publicado.

TALANOA POR AÍ

Já está disponível o curso NDCs: Design and Implementation, desenvolvido pela equipe Talanoa e disponibilizado pela Apolitical, uma plataforma que conecta servidores públicos de mais de 160 países. O curso, que é 100% online e gratuito, é destinado a profissionais da gestão pública que atuam em qualquer função e nível de governo. 

Com 6h de formação divididas em quatro seções, o conteúdo prepara os inscritos com conhecimento e ferramentas para auxiliar na elaboração, implementação e elaboração de relatórios sobre as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Por meio de insights de especialistas, estudos de caso e atividades práticas, os participantes adquirem estratégias para impulsionar ações climáticas eficazes em nível nacional e subnacional. 

Para se inscrever, basta se cadastrar na plataforma e indicar que é servidor público ou que trabalha na área política. Com o cadastro aprovado, o usuário pode acessar as aulas e concluir o curso no seu próprio ritmo. A plataforma também oferece certificado de conclusão.

TALANOA NA MÍDIA

O Globo Coluna do Lauro Jardim cita o levantamento inédito da Talanoa sobre os empréstimos do Fundo Clima.
Estadão Reportagem, com entrevista à Natalie Unterstell, repercute o anúncio da União Europeia de cortar 90% das emissões até 2040.
Central Meio Programa contou com a participação de Natalie Unterstell para debater sobre clima e BRICs, COP30 e os novos ataques à Ministra Marina Silva. Disponível no Youtube.

Bom fim de semana,
Equipe POLÍTICA POR INTEIRO

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